quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Tumulto encerra mais cedo a festa do título da Rosas de Ouro

Houve correria na quadra após a PM lançar bombas de gás.
Segundo a PM, medida foi tomada para dispersar briga na frente da quadra.
Carolina Iskandarian Do G1, em São Paulo

Um tumulto ocorrido por volta das 22h desta terça-feira (16) encerrou mais cedo a festa do título da Rosas de Ouro.

Veja galeria de fotos da comemoração da Rosas


Houve correria na quadra da escola campeã do carnaval de São Paulo, localizada na Freguesia do Ó, na Zona Norte da capital, quando a fumaça de bombas de gás lacrimogêneo, lançadas pela polícia, invadiu o local. De acordo com a Polícia Militar, a medida foi tomada para dispersar grupos rivais que se enfrentavam na frente da quadra.


“A briga começou do lado de fora. A viatura interveio e foi atacada com pedras e garrafas. Para evitar um mal maior foi necessário o uso de bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os brigões”, explicou o capitão da Polícia Militar Edson Fisch. Entre 8 mil e 10 mil pessoas, segundo a escola, estavam na quadra no momento do tumulto.


Ainda de acordo com o capitão da PM, não foram disparados tiros. A polícia não soube informar se os envolvidos na briga eram torcedores de outras escolas. Segundo o balanço final da polícia, cinco viaturas foram depredadas e dois PMs tiveram ferimentos leves.


Segundo a vice-presidente da Rosas, Camila Basílio, a confusão atrapalhou a festa. “O cheiro de gás entrou na quadra e as pessoas ficaram muito incomodadas”, disse Camila. A informação da diretoria da escola, às 23h40, era de que o som não seria mais ligado.


Vera Lucia Barbosa, de 44 anos, que comemorava o título da escola dentro da quadra, relatou que ouviu um estrondo do lado de fora e, logo depois, sentiu os olhos e o nariz arderem. “A partir do momento da confusão, a música parou. Começaram a pedir calma, mas aqui dentro não teve briga”, disse.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Acusado de mandar matar Dorothy Stang se apresenta à polícia

Fazendeiro procurou a delegacia de Altamira na manhã deste sábado.
Ele teve pedido de habeas corpus negado pelo STJ.

Do G1, em São Paulo

O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, se apresentou à delegacia de Altamira, no Pará, por volta de 6h deste sábado (6). Acusado de ser o mandante da morte da missionária norte-americana Dorothy Stang, ele volta à prisão depois de ter um pedido de habeas corpus negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), na quinta-feira (4).

Após chegar à delegacia de Altamira, Bida foi encaminhado para fazer o exame de corpo de delito. Segundo a assessoria da Polícia Civil do estado, ele foi levado para o Presídio Regional de Altamira, onde fica à disposição da Justiça.

Julgamentos

Bida foi condenado a 30 anos de prisão em um primeiro julgamento, em 2007, mas acabou inocentado no segundo julgamento, que foi realizado em maio de 2008.

Depois de analisar um recurso do Ministério Público, a Justiça paraense anulou a absolvição do fazendeiro em 2009 e decretou nova prisão.


Os advogados de defesa do fazendeiro entraram com pedido de habeas corpus no STJ. Em abril de 2009, ele conseguiu uma liminar que o mantinha em liberdade, mas, na quinta-feira, a medida foi revogada.

O fazendeiro, então, se entregou neste sábado. Os advogados do acusado ainda podem recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Missionária

Bida é acusado pelo Ministério Público do Pará de ser um dos mandantes do assassinato da missionária Dorothy Stang. O crime ocorreu em fevereiro de 2005, em Anapu (PA).


Dorothy trabalhou durante 30 anos em pequenas comunidades da Amazônia pelo direito à terra e pela exploração sustentável da floresta. Defendia causas ambientais e os trabalhadores rurais. Antes de ser assassinada, a missionária denunciou ameaças de morte que recebia por causa de seu trabalho contra a violência no campo e a grilagem de terra.