sábado, 6 de fevereiro de 2010

Acusado de mandar matar Dorothy Stang se apresenta à polícia

Fazendeiro procurou a delegacia de Altamira na manhã deste sábado.
Ele teve pedido de habeas corpus negado pelo STJ.

Do G1, em São Paulo

O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, se apresentou à delegacia de Altamira, no Pará, por volta de 6h deste sábado (6). Acusado de ser o mandante da morte da missionária norte-americana Dorothy Stang, ele volta à prisão depois de ter um pedido de habeas corpus negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), na quinta-feira (4).

Após chegar à delegacia de Altamira, Bida foi encaminhado para fazer o exame de corpo de delito. Segundo a assessoria da Polícia Civil do estado, ele foi levado para o Presídio Regional de Altamira, onde fica à disposição da Justiça.

Julgamentos

Bida foi condenado a 30 anos de prisão em um primeiro julgamento, em 2007, mas acabou inocentado no segundo julgamento, que foi realizado em maio de 2008.

Depois de analisar um recurso do Ministério Público, a Justiça paraense anulou a absolvição do fazendeiro em 2009 e decretou nova prisão.


Os advogados de defesa do fazendeiro entraram com pedido de habeas corpus no STJ. Em abril de 2009, ele conseguiu uma liminar que o mantinha em liberdade, mas, na quinta-feira, a medida foi revogada.

O fazendeiro, então, se entregou neste sábado. Os advogados do acusado ainda podem recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Missionária

Bida é acusado pelo Ministério Público do Pará de ser um dos mandantes do assassinato da missionária Dorothy Stang. O crime ocorreu em fevereiro de 2005, em Anapu (PA).


Dorothy trabalhou durante 30 anos em pequenas comunidades da Amazônia pelo direito à terra e pela exploração sustentável da floresta. Defendia causas ambientais e os trabalhadores rurais. Antes de ser assassinada, a missionária denunciou ameaças de morte que recebia por causa de seu trabalho contra a violência no campo e a grilagem de terra.

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